Sullivan vence em Vilamoura e deixa um "rasto" de recordes
O inglês Andy Sullivan conquistou hoje o nono Portugal Masters em golfe, num torneio do European Tour que dominou de princípio ao fim e no qual bateu um sem número de recordes.
Sullivan terminou a prova com 261 pancadas (23 abaixo do par), menos nove do que o inglês Chris Wood e 10 do que o sul-africano Trevor Fisher Jr., o compatriota Anthony Wall e o espanhol Eduardo de la Riva.
Sullivan, que subiu ao 15.º lugar do 'ranking' europeu, tornou-se no primeiro vencedor do mais importante torneio português de golfe a liderar desde o primeiro dia, tendo apenas partilhado o topo da classificação após a volta inaugural, com o belga Nicolas Colsaerts.
"É absolutamente incrível liderar desde o primeiro dia. Nunca tinha tido uma vantagem tão grande, mas pareceu mais difícil do que pareceu, tive de continuar concentrado, a lutar. Nunca consegui relaxar até àquela segunda pancada para o 18, mesmo tendo uma vantagem tão grande, porque o golfe é um jogo engraçado e tudo pode acontecer. Foi uma semana incrível", disse.
Aos 28 anos, Andy Sullivan conquistou hoje o terceiro torneio da sua carreira e o terceiro esta temporada -- foi o primeiro a consegui-lo no circuito europeu em 2015 -- e terminou com a melhor vantagem do ano na elite europeia.
Em relação ao torneio português, o inglês também tem a melhor vantagem final, o menor número de 'bogeys', ao terminar apenas três dos 72 buracos com uma pancada acima do par.
"Penso que vencer na Europa foi incrível. Vencer na África do Sul foi muito bom, mas há sempre um ponto de interrogação sobre se conseguimos fazê-lo na Europa. Foi incrível", disse Sullivan, que se tornou no nono vencedor em outras tantas edições do torneio.
Sullivan garantiu ter passado uma excelente semana em Portugal, salientando o apoio dos pais, outros familiares e cerca de 20 companheiros do seu clube de ténis.
Depois de o campeão de 2014, o francês Alexander Levy, do norte-irlandês Darren Clarke, vencedor do Open Britânico de 2011 e capitão da Europa na Ryder Cup de 2016, terem falhado o 'cut', também outros grandes nomes do golfe mundial acabaram por ter prestações menos positivas.
Antigo número mundial, o alemão Martin Kaymer, vencedor do PGA Championship em 2010 e do Open dos Estados Unidos em 2014, terminou na 50.ª posição, com duas pancadas abaixo do par, menos três do que o escocês Paul Lawrie, campeão do Open Britânico em 1999.
O irlandês Padraig Harrington, que venceu Open Britânico de 2007 e 2008 e o PGA Championship de 2008, terminou em 31.º, com cinco abaixo do par, um resultado igual ao do português Ricardo Melo Gouveia, que arrecadou 15.800 euros.
O amador Tomás Silva terminou integrado no grupo dos 68.os classificados, com um agregado de 287 (três acima do par).
O mau tempo ameaçou repetir a presença que em 2014 levou a que o torneio tivesse apenas duas voltas, mas este ano a chuva acabou por aparecer sempre depois do fim das duas últimas rondas, jogadas em 'shot gun', com saídas simultâneas de todos os buracos.